Postado por Fabiano Venancio - O apoio de um bloco de partidos de centro direita reforçado pelo União Progressistas, a nova grande sigla, resultado da fusão entre União Brasil e Partido Progressistas (PP), é o grande trunfo do campo da direita para a sucessão estadual no Rio, que poderá ter dois campistas como candidatos: o deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil) como candidato a governador, apoiado pelo governador Cláudio Castro (PL) e, provavelmente, com os apoios do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro. Outro campista que pode participar da disputa é o campeão de votos do interior, o prefeito campista Wladimir Garotinho (PP). Considerado decisivo na disputa, Wladimir teria que deixar seu mandato na Prefeitura de Campos em abril de 2026. Nos bastidores da política, há atualmente uma indagação sobre Wladimir, cuja resposta provavelmente só será dada 2026: apoiará Eduardo Paes, do qual seria candidato a vice, ou Rodrigo Bacellar. O Campos 24 Horas mostra que a disputa do ano que vem pode ainda pode levar o sétimo campista ao cargo de governador a partir de abril. Por outro lado, o possível candidato a governador Eduardo Paes, prefeito do Rio e líder nas pesquisas, se articula para conquistar apoios no interior e Baixada Fluminense, visto que já disputou e perdeu duas eleições ao Palácio Guanabara. E perdeu porque conquistou a maioria dos votos apenas na capital. (Leia mais abaixo)
POSSÍVEL BLOCO DE PARTIDOS DO GRUPO CASTRO - Além do novo e gigante União Progressista, o bloco de partidos que podem compor a aliança em torno do nome do candidato a governador do grupo Cláudio Castro pode ter o PL, Solidariedade (SD) e MDB, partidos que têm alguns de seus membros em cargos no governo estadual. A consistência deste do bloco no Estado tem respaldo na geografia partidária, onde a maioria esmagadora das 92 prefeituras têm o controle destas legendas.
Além desta configuração favorável, o grupo apoiado por Castro já arregaça as mangas e trabalha para reforçar ainda mais seu cacife no interior, onde o candidato da oposição, Eduardo Paes (PSD) tem tímida penetração, mas faz costuras para se fortalecer. (Leia mais abaixo)
Através da recém-criada Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico do Interior, idealizada por Bacellar e sob comando do deputado Jair Bitencourt (PL), o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj) tem participado de entregas que a pasta tem realizado em diversos municípios.
O cenário favorável a Rodrigo Bacellar pode ficar ainda mais jeitoso, a partir de abril do próximo ano, quando o parlamentar deve ocupar a cadeira como governador. (Leia mais abaixo)
A estratégia seria compromisso do atual governador com Bacellar no tabuleiro montado para a sucessão estadual. Cláudio Castro deve se afastar do cargo para disputar uma vaga de senador da República.
O vice-governador Thiago Pampolha (MDB), por sua vez, também se afastaria da linha sucessória para se candidatar a deputado federal. (Leia mais abaixo)
SÉTIMO CAMPISTA COMO GOVERNADOR - Assim, Rodrigo Bacellar seria o sétimo campista a exercer o cargo de governador do Estado, uma história que começou com Nilo Peçanha, passou por Togo de Barros, Theotônio Ferreira de Araújo, Celso Peçanha, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, que embora nascida em Itaperuna, construiu sua carreira em Campos.
Com a caneta de governador nas mãos, Rodrigo Bacellar poderia não apenas continuar participando das inaugurações de obras e serviços, como também abriria novos caminhos na capital e faria entregas também na cidade do Rio de Janeiro, onde Paes reina com grandes índices de aprovação e popularidade. (Leia mais abaixo)
Eduardo Paes nunca escondeu que seu sonho é o governo estadual. Já disputou duas eleições e perdeu ambas, em 2006 e 2018.
FAVORITO NAS PESQUISAS, PAES DEPENDE DO INTERIOR E BAIXADA - Favorito nas últimas pesquisas de intenção de voto, sua possível terceira tentativa de chegar ao Palácio Guanabara agora é reforçada pelas credenciais de dois mandatos com elevados índices de aprovação como gestor da segunda mais importante metrópole do país. (Leia mais abaixo)
A empreitada de Paes parece indigesta, pelo menos a princípio. Sua posição confortável na capital não encontra ecos fora dos limites da Cidade Maravilhosa.
Na última eleição em que participou pelo controle do Palácio Guanabara, Paes venceu Wilson Witzel na capital por pequena margem, mas amargou expressiva derrota na Baixada Fluminense. (Leia mais abaixo)
No interior, o prefeito do Rio busca flertar com o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP), cogitado por alguns setores para compor a chapa majoritária como vice de Paes. Mas o PT, aliado de Paes, também cobiça esta vaga de vice.
PREFEITOS COM PAES - Além da capital, Eduardo Paes teria hoje apoio apenas de alguns poucos prefeitos no estado: Rodrigo Neves (PDT), em Niterói; Washington Quaquá (PT), em Maricá; Andrezinho Ceciliano (PT), em Paracambi; e Dra Fernanda (PT), em Japeri. (Leia mais abaixo)
Se Paes continuar a pontuar bem nas pesquisas, pode ampliar essa base de apoio no interior ou na Baixada Fluminense.
Em Piraí, o prefeito carioca tenta se reaproximar do ex-governador e atual prefeito de Piraí, Luiz Fernando Pezão (MDB). (Leia mais abaixo)
Na Baixada Fluminense, Eduardo Paes pode contar ainda com o apoio do ex-prefeito Waguinho, de Belfort Roxo. Enfim, a partir de abril, a sorte estará lançada.