Vereadores de Campos criticam e elogiam megaoperação que deixou mais de 60 mortos

Campos 24 Horas mostra resumo de alguns posicionamentos durante sessão da Câmara Municipal


  • 29/10/2025, 10h37, Fotomontagem: Campos 24 Horas.

Postado por Fabiano Venancio - A megaoperação policial mais letal da história do Rio, que deixou um saldo de mais de 60 mortos nesta terça-feira (28) repercutiu também na Câmara Municipal de Campos com diferentes reações entre os vereadores. Marcelo Feres PDT) e Anderson de Matos (Republicamos), por exemplo, tiveram posicionamentos diferentes, conforme trechos da sessão que o Campos 24 Horas mostra nesta matéria.

Marcelo Feres condenou a operação policial na capital. "Mais uma vez a triste rotina de uma operação policial com dezenas de mortos, feridos e famílias destroçadas, quando vemos números, mas não vemos os nomes. Vemos estatísticas, mas não enxergamos pessoas. Quando uma sociedade acha natural contar corpos, mas não histórias é porque a vida perdeu seu valor", criticou (Leia mais abaixo)

Feres também apontou que o uso da violência no combate à violência é uma realidade que se repete há décadas em governos que insistem tratar a violência como uma guerra, não como consequência da falta de políticas públicas.

"O Estado só se faz presente nessas comunidades sempre através da força, quase nunca com oportunidades. Chega com armas, raramente com escolas ou livros. Segurança não se constrói com armas, mas com dignidade. Minha fala não é contra a polícia, mas a favor da vida", acrescentou Feres. (Leia mais abaixo)

Já Pastor Anderson de Matos considerou que criminosos não podem ser tratados como vítimas da sociedade."Nós temos que ter esta consciência como sociedade. Do contrário, vamos estar incentivando a criminalidade ou a vida no crime. Precisamos, sim, dizer que o final de quem se envolve com o crime é a cadeia ou o cemitério", argumentou.

"Sei que é duro, é triste, mas esta é uma consequência direta. Não temos como fomentar a ideia de que o sujeito entra pro crime por falta de oportunidades ou escola. Há muitos que não tem nada e falta tudo, mas não escolhe o caminho do crime". (Leia mais abaixo)

Por fim, o vereador não vê outra alternativa fora do uso da força. "Ninguém está aqui para celebrar a morte de ninguém, mas é inadmissível se aceitar que o crime será combatido com flores ou livros. A criminalidade será combatida, sim, com as forças de segurança ", concluiu Anderson.

A megaoperação mais legal da história do Rio, nos complexos da Penha e do Alemão, também resultou na prisão de vários suspeitos e apreensão de 90 fuzis. (Leia mais abaixo)

Entre os 69 mortos estão quatro policiais. Muitos trabalhadores cariocas foram liberados por patrões para ficarem em casa em razão da insegurança na capital, onde bandidos ameaçam novas barricadas com a interrogação de vias de acesso importantes na Zona Norte.



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