Médicos, enfermeiros e acadêmicos de medicina participaram, nesta terça-feira (29), de uma capacitação para orientação e redução dos casos de febre maculosa em Campos. Pesquisadores e médicos da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro ministraram palestra no auditório da Prefeitura de Campos com o objetivo de incluir a suspeita da doença na primeira análise do médico nos hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e, assim, buscar a redução no número de mortes pela doença.(leia mais abaixo)
A pesquisadora da Fiocruz, médica Elba Lemos, explica o termo inclusão. "Eu chamo de inclusão porque a febre maculosa é uma preocupação no Brasil inteiro. Depois dos mosquitos, os carrapatos são os maiores transmissores de doenças e a febre maculosa está invisível e tem um difícil diagnóstico. A maioria dos óbitos no Estado pela febre maculosa teve o diagnóstico inicial de dengue. É preciso incluir a suspeita da febre maculosa no primeiro contato médico-paciente para um diagnóstico precoce e início de tratamento para evitar mortes", defendeu.(leia mais abaixo)
Diretor de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro informou que o aumento no número de casos começou a ser notado em 2021. "Somos um município grande, com uma área rural extensa e uma forte intersecção entre as áreas urbanas e rurais, o que facilita a propagação do carrapato que transmite a doença. Neste evento, estamos estreitando a relação com o Estado para acelerar a implementação de medidas na saúde, educar a população quanto aos riscos e aos profissionais de saúde quanto a rápida identificação dos casos suspeitos, o que melhora o fator prognóstico", disse Carneiro.(leia mais abaixo)
De acordo com a médica Paula Almeida, gerente de Zoonoses da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, em 2024 são 128 casos prováveis de febre maculosa no Estado, 31 casos confirmados e 17 óbitos. Em Campos, são 55 notificações, 13 tiveram resultados confirmados e seis evoluíram para óbito.