Presidente do Americano explica suspensão da SAF

Entenda tudo sobre os últmos acontecimentos que envolvem a SAF do clube.




09/02/2025, 08h40, Foto: Divulgação .


Na última sexta-feira (7), a 1ª Vara Cível de Campos dos Goytacazes decidiu pela suspensão do modelo de Sociedade Anônima de Futebol (SAF), criada pelo Conselho Deliberativo do clube. O processo determinou ainda a paralisação imediata da reunião no Clube que aconteceria também na sexta-feira, impedindo qualquer avanço nas negociações de alienação dos ativos do clube. (Leia mais abaixo)


Caso não seja cumprida, a decisão estabelece ainda multa de 50 mil reais e configuração de crime de desobediência.(Leia mais abaixo)


Para contextualizar os fatos, a ideia de transformar o Americano em SAF já vinha sendo discutida pelo Conselho do time, de modo que os investidores privados fossem os responsáveis pelo patrimônio do clube, tratando a situação como se esse caminho fosse o único capaz de viabilizar a recuperação financeira do clube.(Leia mais abaixo)


"Quando cheguei no Americano, fui bem claro, aqui é um negócio, é trabalho, futebol custa caro é muito dinheiro. Quando assumi como presidente, me dispus a investir e esse foi meu foco durante o primeiro ano de gestão: fazer a SAF, realizar a venda de jogadores, investir na base, tudo pensando no investimento com retorno financeiro. Seria um aporte de médio para longo prazo. E que fique muito claro que, em momento nenhum, eu vim para comprar o time. Eu cheguei para estar presidente do Americano, dar estrutura ao clube, o que não é tarefa fácil. Mas sei onde estávamos, onde estamos agora, e detalhe principal, sei exatamente onde vamos chegar. O futebol não é uma fórmula exata. A gente tem que começar a falar as coisas abertamente pras pessoas entenderem", desabafou o presidente Tolentino Reis.(Leia mais abaixo)


Desde o começo, Tolentino nunca se declarou a favor da venda do clube e continua afirmando que preservar a história e a identidade do Americano são sua prioridade. Ele acredita que a SAF pode sim ser uma ótima alternativa, mas SEM VENDER O CLUBE. O dirigente defende a constituição da SAF do PRÓPRIO Americano e, posteriormente, a venda das ações. Tudo por meio de um processo transparente, que respeitasse o Estatuto do Americano os seus torcedores.(Leia mais abaixo)


Desde que começou a questionar a forma pela qual está sendo realizada a venda de ativos do Clube, o presidente passou a ser perseguido politicamente e por último, responde a um processo de impedimento repleto de nulidades. Diante disso, o Conselho, de forma paralela, decidiu por tentar o impeachment de Tolentino, de modo que isso facilitasse diretamente na venda do clube e no retorno financeiro da venda de uma SAF milionária, avaliada em cerca de 80 milhões de reais.(Leia mais abaixo)


Importante destacarmos que quando Tolentino começou a pensar na SAF, no começo de tudo, em 2024, ele contratou um escritório de advocacia, do Rio de Janeiro. Esse escritório era pra defender os interesses do Americano. Foi quando descobriu-se que André Vitor de Freitas Pereira, o advogado envolvido na causa, era primo do Felipe Melo. O presidente conversando com ele, disse que ele poderia trazer seu primo para o negócio, para ajudar a constituir a SAF. Em um primeiro momento ele disse que o assunto não era de interesse do Felipe Melo. Sem que Tolentino tivesse sido consultado ou informado, o referido advogado passou a tratar dos assuntos financeiros do clube com o Conselho Deliberativo e daí surgiu a proposta de compra e venda de direitos da SAF, apresentada supostamente pelo Boston City Group e pelo Sr. Felipe Melo de Carvalho. Foi nessa hora que nasce oficialmente o interesse em uma SAF diferente do que havia sido pensado.(Leia mais abaixo)


Não se pode perder de vista que o Americano é o maior clube de Campos dos Goytacazes, ostentando uma tradição centenária no futebol carioca. No entanto, diante de uma grave crise econômica e sem receita, o Clube corria o risco de não disputar o Campeonato Carioca A2 de 2024, competição mais importante do calendário, por dívidas com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ). Ao tomar assumir, Tolentino entendeu o verdadeiro cenário do clube e descobriu que a situação era ainda pior. O débito decorrente das gestões anteriores era de R$ 29.815.953,72(Leia mais abaixo)


Atualmente o Americano sobrevive exclusivamente em razão dos aportes realizados pelo presidente em exercício. Até novembro de 2024, Tolentino investiu R$ 4.675.079,79 (quatro milhões seiscentos e setenta e cinco mil setenta e nove reais e setenta e nove centavos) para manter o Americano em suas atividades.(Leia mais abaixo)


Dessa forma, com todos os fatos esclarecidos, queremos reafirmar o nosso compromisso, como gestão, com os torcedores do Americano e com toda a cidade de Campos dos Goytacazes. Em 2025, a gente vai jogar bem pra frente, buscando sempre o resultado, o tempo todo. Esse é o DNA do Americano. Os adversários têm que temer o time, têm que temer o clube. Rumo à nova temporada!