Policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) deflagraram, nesta terça-feira (15/04), a "Operação Adolescência Segura". O objetivo é desarticular uma das maiores organizações criminosas do país voltadas à prática de crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. As diligências ocorrem em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul. Até o momento, dois homens foram presos e dois menores foram apreendidos. (Leia mais abaixo)
Com o apoio de policiais civis de sete estados e do CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança, a operação cumpre mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, além de internação provisória de adolescentes infratores. A ação é resultado de uma investigação acerca de uma rede criminosa altamente estruturada.
Entre os crimes apurados, estão tentativas de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio, armazenamento e divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo e crimes de ódio em geral. (Leia mais abaixo)
As investigações iniciaram em 18 de fevereiro de 2025, quando um morador de rua, que estava dormindo, foi atacado e teve 70% do seu corpo queimado por um adolescente que atirou dois coquetéis molotov em sua direção, enquanto um homem filmava todo o evento e transmitia em tempo real em uma plataforma online.
A partir disso, e, após um incessante trabalho de inteligência, monitoramento e cruzamento de dados, policiais da DCAV descobriram que o crime bárbaro não se tratava de um fato isolado. Os administradores do servidor utilizado no crime compunham verdadeira organização criminosa altamente especializada em diversos crimes cibernéticos tendo como principais alvos, crianças e adolescentes. (Leia mais abaixo)
A atuação do grupo é tão significativa no cenário virtual que mereceu a atenção de duas agências independentes dos Estados Unidos, que emitiram relatórios sobre os fatos, contribuindo com o trabalho dos policiais civis envolvidos no caso.
As investigações, conduzidas pela especializada da Polícia Civil do Rio de Janeiro revelaram uma atuação criminosa que se espalhava por diferentes plataformas digitais, utilizando mecanismos de manipulação psicológica e aliciamento de vítimas em idade escolar, em um cenário de extremo risco à integridade física e mental de crianças e adolescentes. (Leia mais abaixo)
A "Operação Adolescência Segura" representa um marco significativo no combate à criminalidade digital no Brasil e reafirma o compromisso da Polícia Civil com a proteção dos direitos fundamentais da infância e da juventude, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As investigações seguem para identificar os demais integrantes da organização criminosa.