Os resultados definitivos para os candidatos que concorreram aos cargos de nível intermediário (Bloco 8) do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), o “Enem dos Concursos”, para a primeira lista de classificação dos candidatos dos blocos 1 ao 7 e para a primeira lista de convocação para os cargos que possuem cursos de formação foram divulgados nesta terça-feira (4/2). (leia mais abaixo)
Tão logo os resultados vieram a público, candidatos foram às redes sociais para reclamar que há falta de transparência na divulgação dos dados. (leia mais abaixo)
O que está acontecendo?
Na manhã desta terça-feira (4/2), a Fundação Cesgranrio, banca responsável pelo CNU, informou no site oficial do certame que a divulgação do resultado seria adiado após acordo judicial firmado com o Ministério Público Federal (MPF). Entretanto, o resultado acabou sendo, na verdade, divulgado às 10h. (leia mais abaixo)
Para ver o resultado é preciso acessar a área do candidato. No link foram divulgadas 173 listas, com a classificação por cargo, de todos os blocos. (leia mais abaixo)
As listas de convocação para cada um dos cargos que terão curso de formação também estão no site.
Estão disponíveis as notas das provas objetiva e discursiva, a nota na avaliação de título, o resultado de bancas (PCD, Heteroidentificação, Indígena), a nota final ponderada e a classificação em cada cargo. (leia mais abaixo)
Também pode ser conferido se o candidato foi aprovado em vagas imediatas, em lista de espera ou cadastro reserva, assim como se o candidato foi convocado para curso de formação ou eliminado. (leia mais abaixo)
Os candidatos também podem consultar os resultados individuais para cada um dos cargos em que se inscreveu. Porém, cada participante só aparecerá como aprovado em um cargo, apesar de poder estar em diversas listas de espera dos cargos de sua preferência. (leia mais abaixo)
Entretanto, na rede social X, os candidatos do certame alegam falta de transparência na divulgação dos resultados. (leia mais abaixo)
“Eu realmente não entendi esse resultado, faltou clareza”, afirma uma participante do CNU. Ela conta que o resultado aparece como “não se aplica” na classificação de negro, sendo que ela havia sido enquadrada anteriormente no processo de heteroidentificação. (leia mais abaixo)
“Esse CNU está sendo uma bagunça mesmo. Minha nota foi bem acima dos últimos aprovados em lista de espera e ainda assim consto como eliminado. Queria pelo menos entender o critério”, escreveu um candidato. (leia mais abaixo)
Em resposta, uma pessoa questiona se o motivo não seria as vagas para cotas. “Mesmo descontando as vagas de cotas não tá fazendo sentido aqui. Tem cargo que minha nota foi quase o dobro da nota de corte na lista de espera. Falta transparência”, disse o mesmo candidato. (leia mais abaixo)
Outro participante afirma que o CNU é uma “palhaçada” ao concordar com um internauta que afirmou que a lista de classificação do certame está “confusa demais”. (leia mais abaixo)
Uma pessoa classificada como “não se aplica” se revoltou na rede. “Que resultado é esse? Não passei, beleza, mas quero a minha classificação. Fui o último ou fiquei na beirada? Quem passou? Cadê a transparência. Que concurso falido. Esse tempo todo de espera e adiamento para isso? Que decepção”, desabafou. (leia mais abaixo)
MPF pediu suspensão do resultado do CNU
Na última sexta-feira (31/1), o Ministério Público Federal (MPF) recomendou à Fundação Cesgranrio e ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsáveis pelo CNU, a suspensão da divulgação dos resultados finais do certame até que as reclamações de candidatos sobre o cumprimento de regras relativas às cotas raciais fossem resolvidas. (leia mais abaixo)
De acordo com a avaliação do MPF, pode haver violações aos princípios constitucionais e legais que comprometem a lisura do concurso, a igualdade de tratamento entre os candidatos e o cumprimento da legislação que trata das cotas raciais. (leia mais abaixo)
Entre as irregularidades apontadas pelo MPF no processo de heteroidentificação do CNU estão a falta de motivação nas decisões de não enquadramento dos candidatos nas cotas raciais, contrariedade aos parâmetros de heteroidentificação e inadequação do espaço para recurso. (leia mais abaixo)
O órgão deu um prazo de 5 dias para que o MGI e a Cesgranrio apresentassem um relatório detalhado sobre as medidas tomadas para atender às recomendações. Caso as recomendações não sejam acatadas, o MPF poderá ajuizar uma ação civil pública com pedidos de anulação.
Fonte: Metrópoles