Postado por Fabiano Venancio - O Brasil reverencia o maior artista brasileiro vivo na atualidade, nos 80 anos de Chico Buarque de Holanda, completados na última quinta-feira, dia 19. Os jornais, portais, emissoras de rádio e TV dedicaram generosas e merecidas páginas e seus espaços reservados às artes e à cultura. O Campos 24 Horas também não poderia ficar indiferente a efeméride para lembrar a vinda de Chico Buarque a Campos, em 1972, para uma apresentação, por conta o calendário do Circuito Universitário, uma iniciativa que levava os artistas da MPB a várias capitais, mas também a cidades importantes do interior brasileiro.(Leia mais abaixo)
Aqui, os setentões ou oitentões campistas se recordam da inesquecível apresentação no Automóvel Clube, organizada pela Faculdade de Direito de Campos, que contou também com as presenças do conjunto MPB 4 —que tinha na sua formação o campista Milton dos Santos, o Miltinho — e ainda Vinícius de Moraes, Edu Lobo, Toquinho e Marília Medalha.(Leia mais abaixo)
Peladeiro incorrigível, Chico foi a Grussaí com os amigos e ciceroneados por alguns campistas como o jornalista Péris Ribeiro e o publicitário e diretor de TV Cláudio César Soares. Depois da pelada, uma peixada e, para variar, muita cerveja gelada.(Leia mais abaixo)
“O Chico era como sempre foi: tímido e ainda usava aquele bigodinho que cultivava na juventude. O Circuito Universitário marcou uma época onde os shows de grandes artistas chegavam ao interior por um custo mais barato, bem diferente dos tempos atuais, onde a indústria do entretenimento elevou este custo a algo muito maior. Hoje, o dinheiro fala mais alto”, lembra Péris Ribeiro, que este ano também completa seus 80 anos.(Leia mais abaixo)
Em Campos, Chico e os outros artistas ficaram hospedados no Hotel Planície, na Rua 13 de Maio, hoje reformado, mas ainda desativado. No Cabanas Bar, na cobertura do prédio, o autor de “Apesar de Você” foi cercado da tietagem de fãs e manteve alguns dedos de prosa com a imprensa campista, entre um e outro gole de uísque.(Leia mais abaixo)
Foi quando o escritor e jornalista Osório Peixoto, curioso para ouvir de Chico a opinião do artista sobre a influência de Noel Rosa em sua obra, estabeleceu o seguinte diálogo com o compositor.(Leia mais abaixo)
— Chico, e Noel?
— Noel? Morreu, né?
Antes da resposta séria de Chico à indagação de Osório, a gargalhada foi geral (Leia mais abaixo)
Com 58 anos de carreira, 50 discos gravados, 537 canções e cinco livros lançados, Chico é um dos principais expoentes da cultura brasileira e um dos que mais sabem trabalhar com a palavra: daí vem sua principal matéria-prima para as composições e obras literárias, que renderam prêmios importantes como o Jabuti e o Oceanos.(Leia mais abaixo)
Seu papel na renovação da música nacional é inegável. Sua carreira desajeitada e tímida explodiu a MPB antes mesmo dos 30 anos, deixando um legado marcante na história da música brasileira.