O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira (30) que não foi informado sobre qualquer mudança no seguro-desemprego, no abono salarial e na multa de 40% por demissão sem justa causa dos trabalhadores, temas sob sua alçada, com o objetivo de cortar gastos públicos.(leia mais abaixo)
"Se ninguém conversou comigo, não existe. Se eu sou responsável pelo Trabalho e Emprego. A não ser que o governo me demita", afirmou o ministro do Trabalho.(leia mais abaixo)
A equipe econômica tem se debruçado, nas últimas semanas, sobre propostas de cortes de gastos públicos com o objetivo de manter operando o arcabouço fiscal, a regra para as contas públicas.(leia mais abaixo)
A expectativa é que os temas sejam apresentados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e enviados ao Congresso Nacional, nas próximas semanas.(leia mais abaixo)
De acordo com o ministro Marinho, não existe um debate de ministros da área econômica sobre cortes de gastos em programas do Ministério do Trabalho.(leia mais abaixo)
"Não tem debate cortar abono, seguro-desemprego ou acabar com a multa do fundo de garantia. Vão resolver o problema do empregador. Vão tirar do trabalhador e passar pra empresa, é isso? Resolve o problema do país. Esse é o debate que em tese estaria colocado, só que nunca fui consultado. Então pra mim não existe", declarou.(leia mais abaixo)
Questionado se pedirá demissão se o governo propuser alterações em políticas de sua pasta, Marinho afirmou que isso poderá acontecer se ele se sentir "agredido".(leia mais abaixo)
"Se eu for agredido, é possível [que peça demissão]. Uma decisão sem participação em um tema meu, é uma agressão. Não me consta que nenhum ministro de Estado tenha estudado isso. As áreas técnicas têm obrigação de estudar. O que não é de bom tom é vazar estudos sem consultar os ministros titulares das pastas", disse o ministro Luiz Marinho.(leia mais abaixo)
Ele afirmou, entretanto, que o cargo de ministro pertence ao presidente da República.(leia mais abaixo)
"Se ele achar [presidente Lula] que não está servindo, pede pra sair. Estou falando que esse debate não existe no governo [sobre mudanças em políticas do Ministério do Trabalho]. Existe um monte de estudos, técnicos olhando, tem alguma área que tem alguma fragilidade", concluiu.