O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (18) que o governo federal vai ofertar R$ 150 milhões em linhas de crédito para as empresas afetadas pela falta de eletricidade em São Paulo. Os recursos serão retirados do FGO, criado no contexto das enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul e, segundo o responsável pela área econômica, o texto deve vir por uma medida provisória. (Leia mais abaixo)
“Nós estamos pegando R$ 150 milhões do FGO, que é um fundo que foi aberto para o Rio Grande do Sul. Estamos reservando só R$ 150 milhões desses recursos, que estão disponíveis, para liberar uma linha de crédito, pelo Pronampe, pelas pessoas comprovadas afetadas pelo apagão na região metropolitana de São Paulo”, relatou Haddad. “Esse dinheiro do FGO não foi destinado ao Rio Grande do Sul, ele foi reservado para outras finalidades. E agora chegou o momento de utilizar. Para atividade econômica.”(Leia mais abaixo)
“Além dessa linha de financiamento, para quem for comprovadamente afetado pelo apagão, nós estamos prorrogando por dois meses que já deve ao Pronampe daqui da região metropolitana de São Paulo. E aí, sem necessidade de comprovação, se a empresa, se o CNPJ deve ao Pronampe, ele pode simplesmente requerer prorrogação da sua dívida. Se não deve, pode ter acesso à linha de financiamento com as mesmas condições do programa, comprovando que foi afetado pelo apagão. E é para empresa, para atividade econômica”, completou.(Leia mais abaixo)
Recentemente, São Paulo registrou uma tempestade, que trouxe ventos de até 108 km/h, e deixou mais de 1,6 milhão de residências sem energia em seu pico. O governo havia dado o prazo de três para a Enel, concessionária responsável pela energia na capital paulista, resolver o problema. O órgão está sob investigação por órgãos reguladores.(Leia mais abaixo)
As estimativas apontam que a falta de eletricidade na maior cidade do país já causaram perdas brutas de cerca de R$ 1,65 bilhão para os setores de varejo e serviços, segundo cálculos da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).(Leia mais abaixo)
Desde que assumiu o controle da distribuidora de energia, a Enel foi multada sete vezes por questões envolvendo a qualidade do atendimento ao consumidor e do fornecimento de energia, descumprimento de fiscalização, além de questões técnicas e comerciais. As multas somam R$ 320 milhões, mas nem todas foram pagas.