Postado por Fabiano Venancio - Lideranças da política fluminense já começam a montar o desenho da eleição de 2026 com articulações e o estreitamento de alianças, a fim de acumular forças para a disputa de governador. O campista Rodrigo Bacellar (União), presidente da Assembleia Legislativa (Alerj) e possível candidato a governador do grupo de partidos que deu sustentação ao governador Cláudio Castro (PL) na sua reeleição de 2024, já se movimenta focado na disputa. Rodrigo tem pela frente o favorito da disputa, segundo as pesquisas: o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). O Campos 24 Horas mostra que, no rol de dificuldades de Bacellar e Paes, há pontos considerados cruciais para que avancem e suas prováveis candidaturas se tornem competitivas no ano que vem, tanto na capital quanto no interior. E aí aparece o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP), como apoiador de vital importância e o maior "eleitor" do interior para 2026, e apoios de partidos como MDB e PP. Wladimir, inclusive, aparece atualmente também como um dos nomes lembrados pelo eleitor fluminense para a disputa ao governo estadual. Mas, vale ressaltar que o prefeito de Campos ainda não declarou se vai disputar algum cargo no ano que vem. Para isso, teria que renunciar em abril de 2026 e passar a caneta para o vice Frederico Paes (MDB).
Fontes de vários partidos informam ao Campos 24 Horas as posições que vão influenciar diretamente nas candidaturas a governador. De acordo com essas fontes, Paes precisa avançar sobre alguns partidos como PP e MDB, especialmente o PP, partido de Wladimir, que tem 16 prefeituras nas mãos, atrás apenas das 22 do PL. Ocorre que, o PP tem prefeitos em cidades com mais relevância eleitoral, como Campos, no Norte Fluminense, e Nova Iguaçu, na Baixada. (Leia mais abaixo)
Mas, essa seria uma das dificuldades iniciais do prefeito do Rio, que é aliado do presidente Lula (PT) e está no berço do bolsonarismo. Paes depende de muita articulação junto ao PP, visto que o presidente do partido, senador Ciro Nogueira, foi ministro da Casa Civil de Bolsonaro e já declarou que tende a levar a sigla para palanques da direita.
A respeito de um apoio do MDB à provável candidatura de Paes a governador, as fontes do Campos 24 H0ras dizem que há chances, porém o prefeito terá de mexer com o alto escalão da sigla. Apesar de o presidente estadual dos emedebistas, Washington Reis, ser aliado de Bolsonaro e Castro, a sigla tem outras lideranças simpáticas a Paes e a Lula. (Leia mais abaixo)
RODRIGO BACELLAR - O presidente da Alerj entra no jogo inicial da sucessão com o apoio do governador Cláudio Castro (PL), que poderá deixar o cargo para tentar uma vaga ao Senado ou à Câmara Federal. Rodrigo também apareceu há algumas semanas ao lado de lideranças nacionais do campo da direita como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) (inelegível e prestes a ser julgado por acusação de chefiar uma tentativa de golpe de estado).
Rodrigo ficaria mais forte se assumisse a cadeira de governador em abril de 2026, após renuncia de Cláudio Castro. Todavia, o governador afirmou que não vai disputar nenhum cargo, caso tenha de passar a caneta para seu vice Thiago Pampolha (MDB), com quem está rompido. Com Pampolha na cadeira de governador, o medo do grupo de Castro é de uma candidatura a governador. E Pampolha ainda tem bom trânsito com Paes. (Leia mais abaixo)
RODRIGO, PREFEITOS E WLADIMIR - Rodrigo também tem assumido compromissos com prefeitos lideranças regionais do interior, através do deputado estadual Jair Bitencourt (PL) que acaba de assumir a Secretaria Estadual de Desenvolvimento do Interior. Mas, em Campos, sua terra natal, o presidente da Alerj tem o maior dos desafios: tentar reduzir o favoritismo do prefeito Wladimir Garotinho, que saiu como grande vitorioso da última eleição, com quase 200 mil votos, batendo o candidata apoiada por Rodrigo, a delegada Madeleine, que não chegou a 70 mil votos. O mesmo já havia ocorrido em 2020, quando o grupo Bacellar também perdeu a eleição da Prefeitura de Campos para Wladimir, com a candidatura do médico Bruno Calil.
Rodrigo também tem transferido recursos excedentes do orçamento da Alerj para atender a demandas de vários municípios fluminenses.Nos últimos dias, o presidente da Alerj recebeu os prefeitos do Noroeste, quando se comprometeu a construir uma ciclovia em São Fidélis e a restauração do hospital em Cambuci. (Leia mais abaixo)
O presidente da Alerj contabiliza também apoio de prefeitas como Carla Caputi (União Brasil), de São João da Barra, e Geane Vincler(União Brasil), de Cardoso Moreira.
PAES, WLADIMIR, CAIO E A ESQUERDA- De um outro lado, as peças do tabuleiro estão sendo movimentadas no campo da esquerda. Eduardo Paes deve contar com o apoio do PT e de outras forças. Ainda sem alianças fora do território da região metropolitana do Grande Rio, Paes começa a avançar pelo interior. E começa por Campos, onde o prefeito Wladimir Garotinho (PP) é um aliado preferencial. Na última semana, o prefeito carioca acomodou aliados em outros cargos a fim de abrir uma vaga na Câmara Federal para Caio Vianna, que vinha ocupando a Secretaria de Governo da Prefeitura de Campos. Ainda no interior, lideranças regionais flertam com o grupo de Eduardo Paes, casos da ex-prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco, e do ex-vereador de São Francisco de Itabapoana, Marcelo Garcia, que acabam de assumir cargos no governo federal, precisamente na Embratur, que tem o ex-deputado federal Marcelo Freixo (PT) na presidência. (Leia mais abaixo)