Vídeo ao final das informações - A delegada Ana Carolina Medeiros, da Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCC-LD) explicou, em entrevista ao Campos 24 Horas, detalhes sobre a "Operação Caballus", deflagrada nesta terça-feira (13), contra um esquema de lavagem de dinheiro de possíveis fraudes em licitações de medicamentos para municípios do Estado. A delegada aponta o empresário Vagner Crespo, dono do Rancho Gabriela, situado em Campos, como um dos principais beneficiários de recursos públicos desviados da área de saúde. (Leia mais abaixo)
Agentes cumpriram 10 mandados de busca e apreensão contra seis alvos, em Campos. A possível fraude investigada teria ocorrido da seguinte forma: fornecimento de medicamentos e materiais hospitalares, desviando recursos públicos, em tese, arrecadados ilicitamente, para o líder da quadrilha, identificado pelas iniciais W.C.L., proprietário de um rancho na cidade. A Prefeitura de Campos emitiu nota sobre o caso (veja Aqui), informando que a investigação começou no governo anterior.
MAIS DE 200 MILHÕES DESVIADOS - Segundo a delegada, o grupo movimentou ao menos R$ 220 milhões por meio de transações suspeitas. "As investigações apontam movimentação financeira por esse grupo criminoso de mais de R$ 200 milhões, entre 2018 e 2023", disse. (Leia mais abaixo)
Durante o cumprimento dos mandados, foram encontrados cavalos, diversos documentos, celulares e outros materiais que podem reforçar as provas contra os envolvidos.
Além disso, as autoridades determinaram o bloqueio de contas bancárias e de bens pertencentes aos suspeitos, totalizando uma cifra superior a R$ 200 milhões confiscados até o momento. (Leia mais abaixo)
O Campos 24 Horas entrou em contato com a Prefeitura de Campos e aguarda um posicionamento.
A OPERAÇÃO - A equipe da DCC-LD apurou que o grupo criminoso formado pelos investigados, e que operava por intermédio de, ao menos, três pessoas jurídicas, aparentemente de fachada, vencia licitações realizadas por diversos municípios do estado do Rio de Janeiro, mas especialmente em Campos dos Goytacazes. Os contratos tinham a finalidade de fornecer medicamentos e materiais hospitalares, desviando os recursos públicos, em tese, arrecadados ilicitamente, para o líder da quadrilha. (Leia mais abaixo)
Também foram identificadas transações suspeitas de lavagem, inclusive com destinação de parte dos valores arrecadados pelas empresas contratadas pelos entes públicos, para pagamento de impostos pertencentes a um haras de propriedade dele. O homem ostenta alto poder aquisitivo, sendo sócio de diversas empresas, além de possuir suntuoso haras, embarcação e diversos carros de luxo.
No curso da apuração, foram constatadas transações suspeitas realizadas por investigados e pessoas jurídicas interpostas, entre os anos de 2018 e 2023. Nesse período, houve movimentação de pelo menos R$ 220 milhões. (Leia mais abaixo)
A operação representa a conclusão da primeira fase da investigação. O trabalho continua em busca de outros envolvidos e demais elementos informativos, para calcular o real prejuízo causado ao erário, e recuperação dos ativos desviados ilicitamente dos cofres públicos.
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