Crise na saúde: Ofensa e acusação na Câmara Municipal; Marcelo Feres faz apelo

Após embate entre oposição e situação em razão da crise provocada pelo Estado, vereador Marcelo Feres conclama que Câmara priorize resolução na crise da Saúde


  • 02/07/2025, 22h33, Foto: Reprodução/Campos 24 Horas.

Postado por Fabiano Venancio - O problema causado pelo governo estadual na área de saúde de Campos persiste em razão da falta de envio de repasses para o município. Mais uma vez, o polêmico assunto gerou debates acalorados na última sessão da Câmara Municipal, com vereadores das bancadas da oposição e do governo trocando acusações, retaliações, ameaças e ofensas. O vereador Silvinho Martins (MDB) chegou a pedir ao presidente Fred Rangel (PP) que garantisse seu tempo na tribuna, visto que havia sido interrompido por outro vereador. Já o vereador Dudu Azevedo (Republicanos) chegou a chamar o vereador Marquinho Bacellar (União Brasil) de "frouxo". Diante das cenas, o vereador Professor Marcelo Feres (PDT) apelou aos colegas para que atentassem para a imagem da Câmara junto à sociedade, diante do bate-bota e do festival de insinuações sem apresentar resultados para a população.

O desfile de insultos teve até uma brincadeira alegórica feita pelo vereador Marquinho Bacellar, que levou para a tribuna um boneco numa gaiola, em meio a insinuações contra o prefeito Wladimir Garotinho. (Leia mais abaixo)

Após sua fala, o vereador Dudu Azevedo disparou contra o líder da oposição, chamando-o de "frouxo" por logo após fazer as acusações ter se ausentado do plenário para não ouvir o contraponto de vereadores da bancada governista.

Antes, Silvinho Martins teve seu discurso interrompido por três vezes pelo vereador Rogério Matoso (SD). Silvinho pediu ao presidente Fred Rangel para que seu tempo fosse restituído. (Leia mais abaixo)

MARCELO FERES - "A gente realmente tem que fazer um esforço muito grande para que a imagem da nossa Câmara não saia prejudicada e, ao mesmo tempo, honrar o esforço que fizemos no período eleitoral em buscar os eleitores que acreditam na possibilidade de que é possível melhorar a cidade por meio da política", comentou Feres.

"Mas por algumas falas que assisti hoje aqui fica muito evidente que falta a gente se importar mais com o outro, com o cidadão e a cidadã de Campos que precisa de nós, honrando de verdade nosso voto. Me preocupa a nossa imagem e fico a me perguntar: será que a nossa TV Câmara tem de fato uma grande audiência? Porque depois dessas cenas de horror creio que poucos vão querer nos assistir. É preocupante", admitiu. (Leia mais abaixo)

O pedetista frisou ainda que a política é feita de divergências, mas "não podemos perder o foco, a ponto de encerramos este semestre e entrarmos em recesso sem uma solução" para um grave problema que atinge à população, mesmo aqueles que tem um plano de saúde, mas que de repente precisa ser socorro numa emergência.

"Muito aqui se discute, mas nada se resolve. Isso não ajuda a imagem da Câmara e à nossa própria imagem. É muito triste encerrarmos este semestre sem uma solução. Como esperar da sociedade o legítimo respeito diante deste tipo de conduta? ", indagou o vereador Marcelo Feres. (Leia mais abaixo)

Feres trouxe alguns números e ponderações ao seu discurso. "A pactuação para o atendimento à população pelo SUS se dá por um modelo tripartite, onde cada um entra com sua parte: governos federal, estadual e municipal. Se um deles não honra a pactuação, o sistema começa a fraquejar".

De acordo com o professor Feres, o Hospital Ferreira Machado tem a receber do governo estadual R$ 3 milhões mensais desde janeiro, acumulando seis que não foram pagos. (Leia mais abaixo)

"Só aí são R$ 18 milhões para um hospital que atende toda região no setor de emergência. É um valor suficiente? Claro que não, mas já ajuda a resolver muitos problemas", explicou.

Ainda de acordo com Feres, o Hospital Geral de Guarus tem a receber R$ 2,5 milhões mensais no mesmo período, mas os compromissos do governo estadual não foram honrados também com o HGG. (Leia mais abaixo)

Por fim, o vereador avalia como uma saída razoável para uma solução a viagem de uma comitiva de vereadores até o Rio na busca de uma solução.

"É uma resolução que já deveríamos ter tomado para sabermos realmente o que está acontecendo porque, pelo que apuramos, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, este cofinanciamento não foi interrompido para outros municípios", finalizou. (Leia mais abaixo)

 

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