Bacia de Campos terá aporte de R$ 130 bilhões e previsão de 25 mil empregos

Em evento pelos 50 anos da Bacia de Campos, Petrobras revelou um plano de investimentos na ordem de 22 bilhões de dólares




19/11/2024, 10h49, Foto: Divulgação.


Postado por Fabiano Venancio - Em um evento marcante que celebrou os 50 anos da primeira descoberta de petróleo na Bacia de Campos, a Petrobras revelou um plano arrojado de investimentos na ordem de 22 bilhões de dólares, (equivalente a R$ 130 bilhões) para revitalizar a produção de seus campos maduros e estima a geração de cerca de 25 mil empregos até 2029, grande parte das vagas na região Norte Fluminense. Os investimentos constam de novo plano de negócios, que foi aprovado pela diretoria no último dia 14 e será aprovado pelo Conselho de Administração no próximo dia 21 de novembro. (Leia mais abaixo)

Diante dos impasses e indefinição quanto à licença para a exploração do petróleo na Margem Equatorial, no Norte do País, a Petrobras volta a apostar na Bacia de Campos, a mais antiga província petrolífera de grande porte no Brasil e cuja produção começou a declinar na década passada. (leia mais abaixo)

“Este é o maior programa de recuperação de ativos em campos maduros em águas profundas do mundo. A Bacia de Campos, um dos principais polos de produção de petróleo do Brasil, será o foco principal da Petrobras nos próximos anos”, disse em nota a petroleira. (leia mais abaixo)





Hoje com 62 áreas produtoras e outros 17 blocos em fase de exploração, a Bacia de Campos pode ter 25 novos blocos leiloados até 2025 e com novas áreas a serem descobertas. No leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) que deve ocorrer no ano que vem, serão incluídos seis novos blocos, que estão dentro do polígono do pré-sal, sob o regime de partilha. (leia mais abaixo)

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a Bacia de Campos prestes a recuperar um lugar de destaque na estratégia de crescimento da Petrobras. (leia mais abaixo)

“A Bacia de Campos aponta hoje o futuro da nossa atividade, através dos investimentos em pesquisa e inovação na revitalização dos campos maduros, além da exploração em águas profundas. Temos muito trabalho pela frente e certamente com a colaboração de todos vamos construir um futuro de mais sucesso para a Petrobrás, para o Estado e para o Brasil”, disse. (leia mais abaixo)

Chambriard acrescentou ainda que quer acelerar os investimentos na revitalização da Bacia de Campos, que levou a Petrobras a desenvolver alta tecnologia de produção em águas profundas e colocou a estatal no mapa global do petróleo. (leia mais abaixo)

Com essa fronteira petrolífera, em dez anos a companhia triplicou sua produção, até então majoritariamente terrestre, passando de 200 mil barris por dia para 600 mil entre 1974 e 1984.

Sylvia Maria Couto dos Anjos, diretora executiva de exploração e produção da estatal, reforçou que “a Bacia de Campos continuará sendo um pilar estratégico nas operações em águas profundas, garantindo a competitividade da estatal no mercado global”. (leia mais abaixo)

Alex Murteira, gerente geral da Unidade de Negócio da Bacia de Campos, comentou sobre o futuro promissor da região: ““Aqui desenvolvemos e testamos a maioria das tecnologias de águas profundas e muitas profundas que são utilizadas hoje em todo mundo. Essa é a grande importância da Bacia de Campos. Temos um presente pujante e um futuro promissor. Juntos, vamos escrever uma nova página de sucesso para a Bacia de Campos.” (leia mais abaixo)

O investimento será direcionado para intervenção em poços já em operação, perfuração de novos poços, bem como para a instalação de plataformas mais modernas. As oportunidades contemplam tanto para trabalhadores experientes quanto para aqueles que buscam o primeiro emprego. (leia mais abaixo)

A Petrobras estima produzir um volume acumulado adicional de 860 milhões barris de óleo equivalente no campo de Marlim, na Bacia de Campos, como resultado do projeto de revitalização do campo. O número considera o volume total de petróleo a ser produzido até 2048, ano previsto para final do prazo de concessão. Antes da revitalização, a expectativa era de que a produção de Marlim se encerrasse em 2025 com a devolução do campo. (leia mais abaixo)

“Ainda há um relevante volume de petróleo a ser produzido em Marlim. Estendemos a vida útil do campo em 23 anos e queremos alcançar com o projeto a produção acumulada adicional de mais de 860 milhões de barris de óleo equivalente nesse campo”, disse Mariana Cavassin, gerente executiva de Projetos de Desenvolvimento da Produção da Petrobras. (leia mais abaixo)

O portfólio de investimentos abrange a instalação de quatro novas plataformas de produção, nos campos de Jubarte, Albacora, Barracuda-Caratinga e Raias Manta e Pintada (todas em Campos), além de cerca de 100 novos poços que serão interligados tanto nas novas unidades quanto nas que já estão instaladas, trazendo aumento no fator de recuperação dos campos e de campanha exploratória. (leia mais abaixo)

No escopo do projeto ainda consta a substituição de nove plataformas por dois navios-plataforma chamados de FPSO). (leia mais abaixo)

A Bacia de Campos é hoje a segunda maior produtora de petróleo do país. O primeiro campo com volume comercial chamado de Garoupa foi descoberto no ano de 1974. (leia mais abaixo)

Outros achados na sequência permitiram um salto na produção brasileira de petróleo, sendo o campo de Albacora um dos mais expressivos, encontrado em 1984, o primeiro grande campo em águas profundas do país. (leia mais abaixo)

Até a descoberta do pré-sal, a Bacia de Campos reinou absoluta no setor. Hoje é a segunda maior bacia em produção de petróleo, responsável por 16% do volume nacional. Só perde para a Bacia de Santos, que atualmente concentra 81% da produção total, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). (leia mais abaixo)

A Bacia de Campos produziu cerca de 638 mil barris de óleo e gás por dia em setembro deste ano. Seu auge foi em 2009, com a produção de 1,65 milhão de barria por dia, segundo dados a Petrobras. (leia mais abaixo)

Ao longo de décadas foram extraídos dessa bacia mais de 14 bilhões de barris de óleo e gás. A estimativa com os investimentos na revitalização é conter o declínio da produção e assegurar um patamar diário de 600 mil barris até 2028. (leia mais abaixo)

Desde a descoberta de Garoupa, em 1974, e o início da produção em Enchova, em 1977, Campos cresceu e se tornou o principal polo produtor de petróleo do Brasil. A bacia foi durante décadas a plataforma de desenvolvimento tecnológico que fez com que a Petrobras superasse sucessivos recordes de Exploração e Produção (E&P) em águas profundas e se tornasse uma das petroleiras mais respeitadas do mundo. (leia mais abaixo)

“Ela continua a ser pioneira, agora também no projeto de revitalização de campos maduros do mundo”, finalizou Alex Murteira.