Não é sem razão que a professora e gestora Maria Amélia Lopes Ribeiro Gomes, conhecida carinhosamente como Amélia da Educação, carrega a Educação no nome. Sua vocação e vivência de décadas como docente e servidora pública no ensino e em outras áreas da administração pública lhe emprestam uma ampla visão da problemática educacional. Quando fala de seus planos para a educação, Amélia traz o brilho nos olhos que reflete os sonhos de quem faz do seu ofício uma missão ou profissão de fé. A escola em tempo integral, necessidade premente e consensual entre os educadores, é uma dessas obsessões, assim como creches com horários diferenciados e adequação para atender a mães que trabalham em horários diferentes do expediente das creches. Ela também participou diretamente da implantação do primeiro Ciep em Campos e é a entrevistada deste sábado do Campos 24 Horas. (leia mais abaixo)
“Há muitos casos de mães que saem de um turno num trabalho informal e vão pegar seu filho na creche e depois trabalhar em outra atividade. Essa criança vai ficar com quem? E há o caso de mães que trabalham no comércio e saem 18h ou 19h. O filho sai da creche antes. Vai deixar a criança onde?, ponderou Amélia. (leia mais abaixo)
“A educação é a área mais importante de qualquer governo porque as demais categorias dependem dela. Os demais profissionais só existem porque passaram pela educação, pelas mãos de professores ou professoras. É a base de tudo porque transforma a vida das pessoas e é decisiva para uma sociedade melhor, um país melhor”, resume Amélia. (leia mais abaixo)
A inspiração de Darcy Ribeiro e Leonel Brizola são bandeiras estimuladoras de Amélia que carrega em si a obsessão pelo legado idos idealizadores do Ciep em sua defesa do modelo da escola pública em tempo integral. (leia mais abaixo)
“A Educação no estado do Rio perdeu o rumo desde a década de 1990, quando Moreira Franco abandonou os Cieps por uma questão de vaidade política. Mas é um problema também municipal e do governo federal, que não investe na proporção das necessidades do ensino fundamental. Educação não é custo, mas investimento. Os países que estão em nossa frente em desenvolvimento chegaram lá porque investiram em educação. Não trataram a educação como gasto, mas como investimento. Sei do valor da escola pública porque minha formação começou lá”, reforçou. (leia mais abaixo)
O projeto idealizado por Amélia, que participou diretamente da implantação do primeiro Ciep em Campos, o Custódio Siqueira, no Parque Calabouço, é direcionado para a criança que estuda no ensino fundamental, do primeiro ao nono ano. (leia mais abaixo)
“Esse a criança precisa de atrativos e prazer em frequentar a escola, com aulas de reforço escolar, onde ela possa escolher entre praticar esportes ou se dedicar à música, à robótica, às artes ou brincadeiras educativas”, esmiuçou. (leia mais abaixo)
A saúde escolar também passa pelas preocupações. “Com consultório médico e dentário para que ela possa cuidar de sua saúde bucal e uma sala com atendimento médico, conferindo se a vacinação está em dia, etc. É um programa que inclusive irá diminuir as filas nas UBS”, frisou. (leia mais
Amélia atuou diferentes setores da administração pública, inclusive na área social, o que lhe permitiu incorporar nesta visão uma sensibilidade social para as políticas públicas na educação. (leia mais abaixo)
A motivação pela implantação das creches com horário diferenciado e outras em horário noturno, admite Amélia, vem desta experiência como agora que assumiu o Departamento de Proteção Social Especial na Prefeitura. (leia mais abaixo)
“Eu não defendo o que vi e vivi. Não defendo nada que eu não tenha vivido, mas por ter vivido de perto as dificuldades, essa lado social. Os alunos precisam de um apoio e acolhimento também durante as férias com o fornecimento de merenda e uma colônia de férias”, defende. (leia mais abaixo)
Amélia da Educação considera viável estes avanços que ela propõe em Campos até porque os Cieps estão praticamente municipalizados e, frisou, o prefeito Wladimir Garotinho aderiu às ideias. (leia mais abaixo)
“Wladimir não pode fazer tudo, mas tem trabalhado muito. Ele pegou a casa (prefeitura) abandonada, quase destruída. Teve que construir paredes, teto e muito mais. E governou com a metade da gestão durante a pandemia. A partir de março e abril houve as limitações por conta da lei eleitoral. Então, foram um ano e oito meses governo. Eu desafio quem faria melhor neste curto período. Se ele não se levanta da cadeira e sai em busca de parcerias, não sei como Campos estaria hoje”, finalizou.